Miksang – Fotográfia Contemplativa

Na fotografia contemplativa, o fotógrafo sente a cena, sente a paisagem e a fotografia acontece em função da evocação interior no fotógrafo, não importando muito as questões de técnicas fotográficas, nem de formas, simetria, nem de iluminação.
A filosofia de meditação ensinada pelo mestre budista Chögyam Trungpa alega ser possível meditar e, mesmo assim, manter-se fora de uma esfera religiosa. Segundo ele, o ser humano é alegre, calmo e claro por natureza, mas, na maioria das vezes, não consegue perceber isso por si só devido a inúmeras interferências externas. Logo, quando praticamos a meditação, a princípio não estamos vivenciando experiências religiosas, mas apenas voltando ao nosso estado natural: “Meditar não é atingir o ponto existencial budista, mas humano”.
A prática, basicamente, envolve duas etapas fundamentais: concentração e contemplação. Por envolver o segundo estágio, a fotografia Miksang também é conhecida como fotografia contemplativa. A mente contemplativa aparece quando unimos firmeza, visão ampliada e coração aberto e, para uma fotografia ser considerada Miksang, deve deixar clara para o espectador toda a energia do ambiente ou objeto percebida pelo fotógrafo no momento. É a “meditação em ação” ou o “meditar com o olhar”.

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